Bet com t mudo

Minha foto
BET COM T MUDO... Quem me conhece, reconhece? Já me imagino receptora deste blog. Quem é esta mulher? Quem é esta Eli, Elisa, Betina, Betuska, Betî, resumida numa Bet com t mudo? Esta afirmação diminuta diz (ou desdiz?) uma identidade... Assim, quem sou eu? Sou (sim) uma idealizadora das pessoas, das relações, das amizades, das produções minhas e dos outros. Consequência: um sofrimento que perdura... na mulher crítica que procura saber e tomar consciência finalmente de quem é e do que ainda pode fazer (renascer?!) nesta fase da vida, um envelhecimento em caráter de antecipação do inevitável. Daí a justificativa do blog. Percorrer olhares, visualizar controvérsias, pôr e contrapor, depositar num receptor imaginário (despojá-lo do ideal, já que eu o sou!) uma escrita em que o discurso poderá trazer uma Bet com t falante... LEITURAS, ESCRITAS, SIGNATURAS...

sábado, 11 de novembro de 2017

FEMICÍDIO

Aconteceu. Acontece. Um crime – feminicídio pela Lei – em Petrolina. Um homem matou a namorada com uma furadeira elétrica e golpes de faca. Não posso me esquecer do horror. E, por desafio de uma discussão sobre “Narrativas do Feminino”, retorno à escrita. Neste caso, um “rap” bem recebido e aqui distribuído.


                                   Femícidio
                                                                                                   Elisabet G. Moreira

                        Havia um corpo de mulher
                        Havia buracos entre braços
                        Não mais abraços.
                        Metáforas de vaginas
                                                FEMICÍDIO (coro)
                        Apenas pênis vibratório
                        Ferramenta furadeira que penetra
                        Afiada faca que aumenta furos,
                        gemidos e gritos do horror.
                                                        FEMICÍDIO
                        Não ao gozo da fêmea
                        Sim ao prazer do macho alfa
                        Em posse de obscena cena.
                                                         FEMÍCIDIO
                        Irracional maldade
                                                         FEMICÍDIO

                         Help me help us
                         Um rap réquiem...

https://www.carlosbritto.com/homem-e-preso-em-petrolina-apos-matar-namorada-usando-uma-furadeira/

15 de outubro de 2017

Um homem foi preso no Bairro Gercino Coelho, zona leste de Petrolina, após ter matado a namorada utilizando uma furadeira. O fato, de acordo com o 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), aconteceu por volta das 21h de ontem (14). O acusado é Jeidson Santos de Morais, de 27 anos, o qual confessou ter cometido o crime contra Vanderléia Carvalho Macedo, também de 27.

A vítima foi encontrada sem roupa, já sem vida, com vários ferimentos provocados por furadeira e também com perfurações de golpes de faca. O acusado, após cometer o crime, ligou para a mãe da vítima e contou o que tinha feito, pedindo para que ela fizesse deslocamento até o local do crime, na Avenida das Nações, nº 517.

À polícia, ele confessou que houve uma discussão por causa de mensagens enviadas ao WhatsApp do mesmo envolvendo a sua namorada, e que teria “perdido a cabeça”, agindo de maneira descontrolada até cometer o crime. No local do fato foi encontrada uma furadeira com vestígios de sangue. O acusado foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, enquanto o corpo da vítima foi removido para o Instituto de Medicina Legal (IML).




O Feminicídio é crime previsto no Código Penal Brasileiro, inciso VI, § 2º, do Art. 121, quando cometido "contra a mulher por razões da condição de sexo feminino".[8] O §2º-A, do art. 121, do referido código, complementa o supracitado inciso ao preceituar que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar (o art. 5º da Lei nº 11.340/06 enumera o que é considerado pela lei violência doméstica);[9] II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. O feminicídio foi incluído na legislação brasileira através da Lei nº 13.104, de 2015. Muitas vezes popularmente ainda chamado de "crime passional".





3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Um rap/help absurdamente necessário. Um sobressalto: arte e notícia. A arte não tem dado conta de imitar essa vida malvada.

    Bet, uma mulher que não se cala nem diante do inenarrável, por você minha admiração só cresce

    ResponderExcluir
  3. Querida Cátia, muito obrigada. Somente a arte (talvez ainda em tentativa para mim) pôde me acalmar sobre este fato do qual não podia me esquecer um momento.
    Amigas somos, solidárias.

    ResponderExcluir