Retomando ensaios e estudos. Esclarecendo: este trabalho foi originalmente adaptado de trechos de minha dissertação de mestrado, sob orientação de meu amigo e professor Boris Schnaiderman, em Teoria Literária e Literatura Comparada, defendida na Universidade de São Paulo, em 1981. Reescrevi este estudo em 1990 para ser apresentado no 2º Congresso da ABRALIC na UFMG, em Belo Horizonte, em 1990. Leio, releio, há sempre algo a ser tirado ou acrescentado. O que também me impressiona, neste século onde vivo e rememoro, o quanto certos estudos são esquecidos ou ficam restritos ao momento em que foram criados e aos poucos leitores de então... O que espero então em mais este registro? Ampliar seguidores, repensar e estimular leituras e críticas.
Resumo acadêmico: o trabalho objetiva mostrar como a prosa memorialista de Murilo
Mendes em seu livro A IDADE DO SERROTE (1968) se caracteriza na
representação de uma linguagem que oscila permanentemente entre prosa e poesia.
Memórias além do meramente referencial, já que o discurso fragmentário
utilizado pelo autor recupera não só o tempo passado mas, voltando-se para si mesmo, perfaz o caminho
literário, em que ficção e realidade se complementam.
Adendo: No final deste trabalho, apresento uma cópia da
carta de Murilo Mendes endereçada a Boris Schnaiderman, de 1975, pouco antes do
falecimento do poeta, sobre a pesquisa que então eu começava sobre sua obra.
A IDADE DO SERROTE de Murilo
Mendes (1901-1975) foi escrito em Roma durante os anos de 65 e 66 e publicado
originalmente pela Editora Sabiá do Rio de Janeiro, em 1968 (as citações aqui são indicadas por esta edição). Esse livro tem na
capa, fazendo parte do trabalho gráfico de apresentação, um cartão onde se lê memórias.
E o são de fato, embora cheguem somente até um certo momento da vida do autor:
infância e adolescência, situadas na cidade mineira de Juiz de Fora, terra
natal do escritor Murilo Mendes.
Apesar
de ter sido reeditado em
Obras Completas (Rio, Nova Aguilar, 1994) e de ter
tido outra edição do livro em referência, o próprio Murilo Mendes se queixava
de um certo “descaso” para com sua obra. A
IDADE DO SERROTE, como muitos outros textos de sua obra vasta e variada, é
muito pouco usado ou estimulado, principalmente em livros didáticos ou
antologias, já que me parece exemplar para tal. São 42 capítulos curtos, cada
um constituindo um texto completo. Quase todos giram em torno de retratos de
pessoas invulgares ou bizarras, de palavras evocativas ou fatos, enfim
lembranças que marcaram de um modo ou de outro a formação do poeta.
É
como se abríssemos um palco para a entrada dos personagens, máscaras e tipos
que irão desfilar muito mais suas excentricidades do que uma conduta linear,
desmitificando quase sempre uma ambiência provinciana em sua dialética
conservadora e revolucionária ao mesmo tempo para, talvez, justificar a
formação do poeta, também ele um tipo considerado excêntrico pelos seus
contemporâneos. E aí Murilo se desnuda como nunca, desnudando-se na forma de
sua linguagem tão específica, tão peculiar. E é aí, nesse ponto, que temos seu
testemunho realmente biográfico e referencial, como o artista sobrevive:
através de sua obra. São fragmentos de memória em que Murilo Mendes
apresentados como rememoração e representação de uma realidade que vive
enquanto discurso, enquanto linguagem literária.
A análise dos livros de poesia de
Murilo deixa entrever facilmente a observância de um processo regular de
rememoração – muito mais acentuado em suas últimas obras. Esta invariante
memorialista, em alguém tão inquieto criativa e criticamente como foi Murilo
Mendes, converge em A IDADE
DO SERROTE para outro tipo de linguagem, que é sua prosa. Uma
prosa riquíssima, muito mais linguagem poética do que “prosaica” em sentido
restrito.
A
oscilação poesia/prosa quase que permanente nesse livro é que nos levou a uma
série de conjeturas sobre o problema dos limites entre prosa e poesia. Boris
Schnaiderman, crítico
literário, já nos alertara sobre isso em texto de 1976. No caso específico de
Murilo, o que temos como procedimento constante é o desfiguramento
metalingüístico do discurso, uma escritura que, indo e vindo também pelos
limites do tempo, articula um significado poético, chamando a atenção sobre si
mesmo.
A
“deformação” é anda mais sentida porque está hiperbolizada na forma de
memórias. Uma sondagem pelos labirintos do passado autobiográfico seria o que
de mais referencial poderíamos denotar dentro do discurso prosaico e, no entanto, temos uma linguagem poética em
seu alcance mais denso e que não deixa de ser prosa.
No
capítulo “Belmiro Braga”, a evocação do poeta mineiro inicia-se com dois
decassílabos perfeitos e acentuação na 2a. 6a. e 10a.
sílabas. Poderia até ser o início de um soneto.
“Lá vem o volantim Belmiro
Braga
sorrindo no seu terno de
xadrez.”
Ou este trecho do 1o.
capítulo:
“...Superadas pianolas, minhas avós de carne e osso, ó
vós, ovas sem ovações, mulheres-avós que eu nunca vi, desovadas em ricos
dioscuros da obscura, difícil Minas de pedra, que me fazia doer o peito por
falta de mar: vindas de vulvas montanhosas e de falos insapientes da
importância da futura inflação humana e financeira do Brasil; bisavós remotas
casadas com gigantones cabezudos; deixando cair as fazendas em usocapião,
abolindo os domínios Paraopeba e Congonhas.” (página
9 da edição referida no primeiro parágrafo).
A linguagem se auto-referencializa pela constante
reiteração dos sons /v/ e sibilantes, uma linguagem que pode ser até caracterizada
como antropofágica em suas metáforas, numa oscilação dos limites entre ficção e
realidade.
Estes e outros recursos não tiram, porém, ao livro o
caráter de prosa ritmada, mas bem prosa narrativa: discursiva, até derramada
nas palavras de Boris Schnaiderman. Há realmente algo de malícia neste emprego
de recursos fáceis. A facilidade aqui, parece, se torna ironia e crítica do
próprio discurso. Uma ironia e um humor descendentes diretos do Modernismo de
1922, e muito mineiro. Não só nas imagens, mas até na oralidade registrada como
“guais maginando”.
Segundo um ensaio de Iúri Tinianov é
o “umbral semântico” o fenômeno que estabeleceria o limite essencial entre
prosa e poesia.
Prosa e poesia se distinguem entre si não pela sonoridade
imanente, não porque a poesia se orienta de modo coerente e sistemático para o
som e a prosa para os significados, mas, substancialmente, pelo modo como esses
elementos influem um sobre o outro; pelo modo como o aspecto sonoro da prosa é
deformado pelo seu aspecto semântico (pela orientação da atenção para os
significados) e o significado da palavra é “deformado” pelo verso.
Não é só neste livro que a prosa de Murilo Mendes parece
ser antes o jogo dos princípios constitutivos de prosa e poesia: a função do
significado deformado pelo som na prosa e a função sonora igualmente deformada
pelo significado. Essa deformação constitui-se num fator de dinamização
verdadeiramente artístico tanto em uma como em outra, contribuindo para o
enriquecimento de ambas.
O tempo também não é o tempo de uma visão realista, nos
moldes cronológicos e biográficos. Vai-se e volta-se constantemente pelos
limites do tempo rememorativo: não só o passado subsiste como narrativa poética
na maioria das vezes, chega-se a um outro tempo – o da escrita – presente da
ação e futuro em oposição ao passado. E ao tempo da leitura, leitor em sua
recepção e presença.
O primeiro capítulo, intitulado “Origem, Memória,
Contato, Iniciação”, foi objeto de uma análise textual admirável, feita pelo
professor e crítico Antônio Cândido, na USP, num curso de 1975, do qual
participei e passo a sintetizar anotações feitas na época.
O professor mostrou como Murilo Mendes manipula a palavra
em dois sentidos: num primeiro, o de reforçar a semelhança da palavra com o
mundo e, em outro sentido, o de desmanchar tal semelhança. Este duplo movimento
é que vai garantir e perturbar ao mesmo tempo o nexo com o mundo. Justamente é
esta tensão de ambiguidade que permite a formação da mensagem literária
especificamente. Na imagem, na metáfora, o poeta possui e não possui o mundo.
A palavra, atuando sobre o mundo, vai desfigurando-o e
trazendo-o para dentro do discurso. A palavra realça o discurso, devorando os
objetos nos campos sonoro e semântico, do significante e do significado. Sabemos
que, nos limites, o discurso poético faz esquecer o mundo e se torna um novo
mundo. Se no nível sonoro constitui-se um sistema específico de sentido,
sabemos, como Jakobson
demonstrou várias vezes, que o discurso poético chama a atenção sobre si mesmo.
Temos, portanto, no caso de Murilo Mendes, efeitos de cunho sonoro e depois os
de cunho analógico.
Com esta colocação do discurso de Murilo Mendes é que
podemos dizer que temos memórias ao nível de poesia. Ele nos apresenta o mundo
desmanchado (ou “deformado”, segundo Tinianov); propõe o mundo mas propõe a si
mesmo, utilizando-se de uma lógica sobretudo anafórica e paronomástica. Temos
um discurso não como correspondência entre texto e sociedade, mas como esta se
transforma em elemento estruturador do discurso.
O processo de concorrência do mundo do discurso pode ir
mais longe, ter sentido quase que só nele próprio. É o caso deste seqüência do
primeiro capítulo, por exemplo:
“As têmporas de Antonieta. As têmporas da begônia.
As têmporas da romã, as têmporas da maçã, as têmporas da
hortelã.
As pitangas temporãs. O tempo temporão. O tempo-será. As
têmporas do tempo. O tempo da onça. As têmporas da onça. O tampão do tempo. O
temporal do tempo. Os tambores do tempo. As mulheres temporãs. O tempo atual,
superado por um tempo de outra dimensão, e que não é aquele tempo.
Temporizemos.”
Esta é uma seqüência mágica. O que interessa mais é o
discurso, sensação poética extraordinária, fragmentos rememorativos e/ou
associativos num contexto poético. Jogo sonoro: de tempo – ra – rã (têmporas).
Jogo de significados: observa-se em compressão o tempo que passa, seja nas “têmporas
de Antonieta”, seja nos avisos – tambores – seja nas outras associações. Há encanto e pavor
por este mesmo tempo. É o tempo da infância, não o atual, mas o das
memórias, representadas pela escrita. A
resultante é, pois, um avançado estágio de desfiguramento do mundo, um discurso
literário, não referencial e, sim, poético.
No primeiro capítulo está também justificado o título do
livro: “As primeiras letras. As primeiras lutas. Perto do colégio – uma
serraria.” Para Murilo Mendes são instrumentos hostis o
serrote, o martelo, a torquês, símbolos “torcionários”. E essa “idade do serrote” é justamente aquela em
que o mundo agiu “torcendo” não o pequeno rebelde, mas o “voyeur” na infância e
na adolescência. Aliás, esta espécie de reflexão e inserção do discurso em
outro plano, de diálogo consigo mesmo e com o leitor se dá sincronicamente,
após a evocação, quase sempre no final dos capítulos. Vozes e consciências que
se alternam sem ingenuidade.
Só em
A IDADE DO SERROTE, o poeta parece livre, nesta linguagem
rememorativa e poética, para rememorar também sua própria linguagem do início
de seus poemas, a linguagem algo debochada e desmitificadora de HISTÓRIA DO
BRASIL e que Murilo Mendes renegou a certa altura. Parece-me que a explicação
do termo “memórias” justifica inconscientemente esta re-aceitação de um
discurso “renegado”.
O fato de escrever memórias lhe garante esta volta às
origens, já que, no plano mitológico, reside aí a função da memória: não
reconstrói o tempo e nem o anula. “Ao fazer cair a barreira que separa o
presente do passado, lança uma ponte entre o mundo dos vivos e o do além ao
qual retorna tudo o que deixou a luz do sol. (...) O privilégio que Mnemosyne
confere ao aedo é aquele de um contacto com o
outro mundo, a possibilidade de aí entrar e de voltar dele livremente. O
passado aparece aí como uma dimensão do além.”
Murilo Mendes “assume” o tempo todo o seu texto como
memórias, consciente desta atitude de representação. Citando:
“Movido por um instinto profundo, sempre procurei
sacralizar o cotidiano, desbanalizar a vida real, criar ou recriar a dimensão
do feérico.” (p. 62)
ou
“Juntando estes e outros atos que guardo nas prateleiras
da memória.” (p. 50)
A consciência de estar trabalhando com a palavra aparece
nesta identificação metalingüística: “as pessoas são frases” (p. 70) e a presença do leitor, receptor em outra
realidade, está até num machadiano “confesso ao leitor nada poderoso que
me sinto feliz com...” (p. 70). Afinal, “Quem
ousaria negar que – ao menos para uma memória fértil – o passado situa-se a
posteriori?” (p. 154).
Interessante que Murilo, circunscrevendo suas memórias ao
tempo da infância e da adolescência, também elas estão circunscritas num espaço
preciso e delimitado: Juiz de Fora até o Morro do Imperador, constantemente
citado. A justificativa parece coerente: as descrições singulares e observações
demasiadamente precoces têm uma lógica “espacial”, se assim podemos chamar: “Escapando-nos
o mar, oprimindo-nos a montanha relativa, a gente se vinga com um desafio maior
do cotidiano; a cidade pequena, ao mesmo tempo que nos circunscreve, propõe-nos
um treino mais intenso dos sentidos e da imaginação. Evadimos da realidade
transfigurando-a.” (p. 95/96)
No capítulo “Florinda e Florentina” (p. 95), a imaginação
do poeta deixa em suspense o que poderia ser o final de um conto não
trabalhado. O casamento das gêmeas, a reivindicação de uma delas alegando
(ficção ou não?) uma permuta de corpos dá um toque todo especial a esta
parte. Aliás, o livro funciona como
partes principalmente. Sem a seqüência cronológica, sem um fio condutor,
linear, pode-se ler cada capítulo isoladamente, como fragmentos de escritura,
cuja origem foram fragmentos de memória.
E que é a memória se não fragmentos de uma realidade já
“transfigurada”? Daí eu poder dizer que Murilo Mendes trabalha não só com
memórias em linguagem poética, mas também com suas características
hiperbolizadas, poli-memorizadas, metalinguagem em suas idas e vindas dos mais
diversos pólos.
A divisão da realidade cotidiana, o vulgar e o insólito
estão presentes a todo momento, no fio da navalha, como a linguagem: prosa e
poesia. E Murilo, amplamente possuidor deste processo de colocação dicotômica
das coisas prosaicas da vida, esclarece, mesmo que a respeito de sua relação
com o cinema: “... soube então que a realidade é inumerável. Desgraçados
dos que admitem só algumas parcelas da realidade.” (p. 105)
Num mundo sempre em crise, Murilo justifica-se (e ao seu discurso) como um ser insólito e
precocemente sensível. Essa agudez de percepção do universal ele soube captar
em um pequeno mundo circunscrito em um espaço geográfico delimitado e
provinciano. Talvez que o excêntrico Murilo concorresse para cultivar seu
próprio mito... Inclusive há muito de ironia, de riso e até de emoção fácil em
alguns momentos, como a vida, aliás.
Suas memórias fazem-no, como em Proust, “senhor da própria
experiência”, não desencadeada pelo sabor de um biscoitinho e, sim, me
parece, por uma vontade que deve ser colocada no plano ideológico da escolha da
atitude, isto é, de justificar, através do passado, um presente em todas as
idas e vindas pelo tempo. Daí também a característica crítica, imanente em toda
a sua obra.
Boris me alertava que se pode procurar as raízes deste tipo de
memórias aqui mesmo, na Literatura Brasileira. Marques Rebelo e outros já
colocavam o fragmento, o retrato e outras características afins em suas
memórias. Mas a referência da prosa memorialista de Murilo
Mendes, ao lado das memórias de Pedro Nava (por
coincidência de Juiz de Fora e, curioso, nem um nem outro se citam, embora
fossem contemporâneos), constituem algo realmente invulgar na Literatura Brasileira.
E,
infelizmente, uma prosa pouco conhecida e estudada.
(Transcrição da carta de Murilo
Mendes a Boris Schnaiderman)
Roma,
27 maio 1975.
Querido Boris Schnaiderman,
Muito lhe agradeço o envio da interessante página plano
de pesquisa, feito por V. e pela sua orientanda Elisabet G. Moreira.
Achei ótima a idéia, e tudo leva a crer que a realização
também o será. Como é natural alegrei-me ao ver uma pessoa da sua categoria tão
interessada na minha obra, tão pouco conhecida e sobre a qual se tem escrito
tantas tolices. Certos críticos escreveram tão mal sobre ela, que estou certo
de que a conhecem muito pela rama. O interesse dos críticos mais moços me consola.
Sou suspeito no caso, querendo ser juiz em causa própria,
mas creio que você e sua orientanda disseram coisas exatas. De resto, é
possível que só agora, com o recuo do tempo, se possa começar a ver mais claro
nos meus textos.
Na bibliografia falta o livro “Retratos-Relâmpago”- 1a.
série, publicado pelo Conselho Estadual de Cultura de S. Paulo com data 1973,
mas na realidade saído em 1974. O Haroldo, quando esteve aqui, uns 3 meses
atrás, disse-me que desconhecia a existência desse livro. De qualquer maneira,
creio que o Prof. Santa Cruz, da “Livraria Duas Cidades”, poderá lhe arranjar
um exemplar. Gostaria que V. e a senhora Elisabet o lessem e mandassem me dizer
algo sobre.
Também poderá constar da bibliografia o artigo de Lélia
Coelho Frota, “Retratos, o Microcosmo de Murilo Mendes”, no “Jornal do Brasil”
de 7.5.75.
De novo, mil agradecimentos.
Na esperança de o rever em Roma, Saudade e eu abraçamo-lo
afetuosamente.
Murilo.
Queira transmitir nossas
saudações a D. Elisabet.
M.
Notas:
- Murilo Mendes faleceu três meses depois de ter escrito esta carta,
em Roma, onde era professor de Literatura Brasileira e crítico de arte,
bastante respeitado.
- Boris Schnaiderman e eu fizemos uma resenha sobre o livro Retratos-Relâmpago. “Os Relâmpagos de Murilo Mendes”,
publicada em Língua e Literatura no. 5, São Paulo, Revista da USP, 1976, páginas 433-441.
Minha dissertação de mestrado, sob a orientação de Boris Schnaiderman, com
o título “Murilo Mendes: uma representação operacionalizada”, em Teoria Literária
e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo, foi defendida e
aprovada com distinção em 1981, tendo como arguidores os professores
Alfredo Bosi e João Alexandre Barbosa.
- Maria da Saudade Cortesão era sua esposa, citada no final da carta.
- Trabalhos meus sobre Murilo Mendes, alguns em colaboração com
Boris Schnaiderman, constam da indicação bibliográfica no final do livro Murilo
Mendes – Obras Completas, Rio, Nova Aguilar, 1994.
Elisabet
Gonçalves Moreira