Bet com t mudo

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BET COM T MUDO... Quem me conhece, reconhece? Já me imagino receptora deste blog. Quem é esta mulher? Quem é esta Eli, Elisa, Betina, Betuska, Betî, resumida numa Bet com t mudo? Esta afirmação diminuta diz (ou desdiz?) uma identidade... Assim, quem sou eu? Sou (sim) uma idealizadora das pessoas, das relações, das amizades, das produções minhas e dos outros. Consequência: um sofrimento que perdura... na mulher crítica que procura saber e tomar consciência finalmente de quem é e do que ainda pode fazer (renascer?!) nesta fase da vida, um envelhecimento em caráter de antecipação do inevitável. Daí a justificativa do blog. Percorrer olhares, visualizar controvérsias, pôr e contrapor, depositar num receptor imaginário (despojá-lo do ideal, já que eu o sou!) uma escrita em que o discurso poderá trazer uma Bet com t falante... LEITURAS, ESCRITAS, SIGNATURAS...

quinta-feira, 25 de junho de 2020

O AMARGOR DA PITANGA


Vermelha, amarela.... de dois em dois anos recolho uma, como, experimento. Porque é assim que floresce e frutifica a pitangueira, esporadicamente, em meu quintal.

Também eu experimento uma tipologia de escritas, pesquisas, textos ora longos ou curtos, crônicas, contos, um amálgama de escritos repensando a vida, seus sabores amadurecidos vagarosamente...

Meu pé de pitanga, no estreito canteiro junto ao muro do quintal, não consegue crescer. Pitangueiras são plantas arbustivas, de pequeno porte. Ainda mais, no meu caso, quando o piso do canteiro está cimentado e as raízes não penetram fundo na terra. Mesmo adubada, continua na periferia. Similar a mim. Constato, pouco a pouco, certas aprendizagens entre muros e quintais.

Noto ligeira semelhança entre o travo do caju – por mais maduro que esteja – e o sabor da pitanga madura, entre doce e amargo. Tem gente que não acha assim... ou é doce ou cospe para lá. Até porque a semente precisa mesmo ser cuspida. Se a cusparada cai no chão, será varrida, jamais brotada.

Não existe colheita de minhas escritas, escrituras de travo amargo. Já me cobraram mais de um livro, talvez uma coletânea. Sim, tenho muito material. Textos publicados e em arquivos. Mas ainda não me sinto com estrutura para um arranjo. Claro que sonho com um livro que tenha sabor e presença. Talvez ainda tenha tempo para nisso pensar. Até me arrisquei com um pequeno livro em edição quase manual, “Leituras exemplares, à maneira de Tolstói”, há um ano e apenas 100 exemplares. Há uma postagem neste blog, apresentando o livro e sua proposta, e alguns textos, em 2019, julho, 7.

Não obtive mais do que meia dúzia de retorno... mas foram alertas importantes sobre esta escrita. Por escrito, houve um leitor que devolveu opinião, aprovação e divulgação. O escritor Políbio Alves assim se manifestou num simpático cartão, enviado pelos correios.

     


“Prezada Professora Elisabet      Li. Reli com desmedida paixão e entusiasmo “Leituras Exemplares (à maneira de Tolstói)”. Obrigado por um texto tão prazeroso de se ler. Obrigado também por me tornar, agora, mais um leitor compulsivo de sua obra. A qual, desde já, vou doá-la par a Biblioteca Escritor Políbio Alves, da Escola Estadual Antonio Pessoa, aqui na minha cidade.   Fraterno abraço. E, dê notícias, espero.    Políbio Alves   9/7/2019”

Meu blog, www.betcomtmudo.blogspot.com, tem poucos seguidores, nome ciber para os leitores virtuais, mas, quando comentado, a pitanga fica doce... Sim, é isso que esperam os autores. Esporádicos, porém ciosos do aspecto comunicacional de um tempo de maturação.

Então, continuo a produzir...

(Sim, ainda tenho alguns livros “Leituras exemplares (à maneira de Tolstói)”. À disposição...)