Antes de colocar novos textos, por ter voltado recentemente
de uma viagem, com vontade de escrever sobre minhas observações, ideias e
reflexões, é que reapresento este texto sobre as carrancas do sertão. Espécie
de intervalo, também é registro de um assunto que sempre me representa.
Este texto foi refeito a convite de Arthur Catraio e foi
publicado na revista virtual Cultura Crítica
http://www.culturacritica.cc/2016/10/carrancas-do-sertao-signos-de-ontem-e-de-hoje/?lang=pt-br
CARRANCAS DO
SERTÃO
RESUMO: Este
trabalho tem como referência as carrancas, esculturas em madeira
utilizadas como figuras de proa nas barcas do submédio rio São Francisco desde
o final do século XIX; sua evolução representativa como arte popular brasileira
e significados míticos; sua apropriação pela linguagem publicitária e pela
mídia como ícone/símbolo da região e sua importância cultural e comercial para
o artesanato.
Palavras-chave: carrancas, figuras de proa, signos
míticos, arte popular
ABSTRACT: This paper makes reference to the
figureheads, sculptures in wood, used in the boats of the submedium São
Francisco River since the late nineteenth century; their representative
evolution as brazilian popular art and mythical meanings; its appropriation by
advertising language and the media as icon / symbol of the region and its
cultural and commercial importance to the craftwork.
Keywords: figureheads, mystical signs, popular
art
A palavra carranca significa
basicamente cara feia ou disforme e como carrancas ficaram conhecidas as
figuras de proa ou cabeças de proa das barcas utilizadas na região do médio rio
São Francisco, esculturas em madeira de lei colocadas nas proas das
embarcações, no final do século XIX até os meados do século XX. Desapareceram,
substituídas por outros modelos de barcas, mais leves, e também por vapores que
faziam o tráfego ribeirinho, transportando gente e carga, do porto de Juazeiro,
Bahia, a Pirapora, Minas Gerais e vice-versa.
As carrancas hoje, do século XXI,
principalmente nestas duas cidades, aparecem em produção comercial como
artesanato típico, divulgadas como símbolo da região, importante polo de
desenvolvimento na região Nordeste. As carrancas da região são ligeiramente diferentes
das carrancas que aparecem em Minas Gerais e muito mais das figuras de proa que
lhes deram origem, dominando o modelo carranca-vampiro, nos mais diferentes
tamanhos e materiais, fácil de ser feita, segundo os artesãos locais.
Carranca original de barca da autoria de Francisco Biquiba de
La Fuente Guarany (1882-1987) no acervo do Museu do Sertão, de Petrolina, PE.
(Foto da autora)
Modelo “carranca vampiro” vendida atualmente em loja de
artesanato em Petrolina, PE. (Foto da autora)
Na história da navegação, as figuras
de proa estiveram e ainda estão presentes em todo agrupamento humano que tenha
alguma ligação com a água, seja o rio ou o mar. Assim, a presença de ornamentos
ou figuras de proa é antiquíssima, com certas características universais desta
arte. Os registros mais conhecidos referem-se aos barcos de guerra vickings, cujas figuras tinham a função
fundamental de atemorizar o inimigo, representando animais fantásticos, como
dragões e serpentes.
Há que se destacar dois pontos
básicos em qualquer menção sobre as carrancas do sertão, relacionadas a um
espaço simbólico sobre as águas do rio São Francisco em terras semiáridas. As
figuras de proa das barcas do rio São Francisco são consideradas como arte
popular brasileira e assim foram legitimadas. Outro fato é a sua originalidade: não existe,
no mundo todo, um similar como as carrancas fluviais brasileiras, de feitio
zooantropomorfo, cabeças de proa esculpidas numa mistura criativa de gente e
animal.
Seu poder simbólico, arraigado na
visão do ribeirinho, espantava não só os monstros e perigos da navegação pelo
rio, como agora, protege também casas e jardins, sincretizado como uma espécie
de Exu doméstico. Daí porque, quanto mais feia, mais poderosa ela é, daí sua
oscilação entre o artístico e o comércio em larga escala. Sabedoria popular
compartilhada, como representação social que lhe confere sentido e, portanto,
legitimidade. O modelo carranca-vampiro seguiu por esta linha, tornando-se cada
vez mais medonha, com uma boca escancarada, grandes dentes, olhos esbugalhados.
O Instituto Moreira Salles montou uma
significativa exposição no segundo semestre de 2015, primeiramente na
Pinacoteca do Estado de São Paulo e depois na sede do Instituto no Rio de
Janeiro, arrematada por um livro essencial, A viagem das carrancas. A exposição conseguiu reunir figuras de
proa originais, de grandes mestres como Afrânio e Guarany, entre outros.
Ressalta-se a publicação na revista O Cruzeiro, em 1947, dos registros fotográficos
de Marcel Gautherot com as barcas e carrancas do rio São Francisco quando estas
esculturas de origem popular adquiriram divulgação nacional e foram objeto de
estudo e de referências, continuando a desafiar olhares e registros. Ver os
diapositivos de Gautherot é um privilégio e hoje este material faz parte do
acervo do Instituto.
A carranca também é vista como um objeto
de estudo do Folclore, aqui revisitado em seu conceito, concomitante ao de
cultura popular. Luiz Beltrão nos alertara, “o discurso folclórico, em toda a
sua complexidade, não abrange apenas a palavra, mas também meios
comportamentais e expressões não-verbais e até mitos e ritos que, vindos de um
passado longínquo, assumem significados novos e atuais, graças à dinâmica da
folkcomunicação. ” (In Encontro Cultural de Laranjeiras 20 anos,
p. 43). Folkcomunicação que procura estabelecer a relação entre as
manifestações da cultura popular e a comunicação de massa, evidenciada pela
sociedade multimídia e consumista em que vivemos.
As carrancas foram minuciosamente
estudadas e descritas por Paulo Pardal, ex-professor da Escola de Engenharia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, falecido em 2004, cujo trabalho sempre
foi referência obrigatória sobre este assunto: Carrancas do São Francisco. Uma terceira edição foi lançada em 2006,
pela Editora Martins Fontes. Existe também um resumo deste livro, com o mesmo
título, na coleção Cadernos do Folclore, número 29, editado pela Funarte, em
1979. E, não há dúvida, os trabalhos de Paulo Pardal muito ajudaram na
divulgação e na consideração da importância das carrancas como arte popular
brasileira.
Feitas
originariamente em madeira-de-lei, o escultor se guiava mais por sua inspiração
e pelas condições do tronco em que trabalhava. Dentre os escultores conhecidos
destas carrancas originais, destaca-se, pela produção e qualidade, o escultor
Guarany, Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, descendente de um padre
espanhol, de negros e de índios, nascido em Santa Maria da Vitória, na Bahia,
em 1882, falecido com mais de 100 anos. Paulo Pardal colecionou e estudou sua
obra cuidadosamente, dividindo-a em três fases, com base no elemento plástico
mais característico: “o tratamento que dispensa à cabeleira das carrancas,
espessa ou em relevo acentuado, abundante, cobrindo quase todo o pescoço.”
As
barcas da época usavam remos manejados por homens, um trabalho difícil e
desgastante, que ficou na memória de muitos ribeirinhos. Segundo a tradição, ao
se ouvir um gemido da carranca, imediatamente os remeiros tratavam de encostar
as embarcações e salvar o que fosse possível, pois ao segundo ou terceiro e
último gemido da carranca, o naufrágio era inevitável. No imaginário dos
ribeirinhos, ainda se contam muitas histórias das assombrações do rio,
especialmente o Nego-d ’Água e o Minhocão. Daí a feiúra das carrancas: serviam
como amuleto, espantando o perigo. Paulo Pardal, no entanto, faz restrições a
essa generalização da imagem da carranca como protetora da barca,
principalmente das primeiras, cujos motivos para sua utilização teriam sido os
de prestígio e indicação de propriedade, por imitação de figuras de proa
antropomorfas, vistas por algum fazendeiro (ou antes algum comerciante) do São
Francisco, em navios aportados no Rio de Janeiro ou Salvador. A interpretação
mística só teria vindo depois desta imitação primeira.
Barcas ancoradas em Juazeiro Bahia, com carrancas de Guarany,
na enchente do rio São Francisco em 1929. (Foto sem autoria, de propriedade da
autora)
Paulo Pardal
destacou a força arquetípica do símbolo fálico no formato das carrancas do São
Francisco e seu caráter apotropaico[2].
Realmente, muito das interpretações das carrancas pode ser visto por estes
caminhos, mesmo quando desviadas de sua função originária, como é o caso atual.
Terminado o
ciclo das barcas, já na década de 40, as carrancas perderam sua função na proa
das embarcações, quando foram substituídas por outros modelos ou por novas
tecnologias, embora algumas tenham subsistido ainda nos anos 50. O
ressurgimento das carrancas se deu paulatinamente, como objeto decorativo, no
comércio do artesanato, ou como ícone representativo da região, assegurando-se
nos anos 70 com todo vigor.
CARRANCAS
PARA CONSUMO
Morando na região do submédio São
Francisco há quarenta anos, tenho acompanhado o “boom” do comércio das carrancas como símbolo da região,
comercializadas em larga escala nas lojas de artesanato, em diversos tamanhos,
feitas de umburana, madeira leve e abundante na região, hoje mais escassa, raramente
em pedra ou argila. Aparecem ainda em camisetas, chaveiros, canetas, ornamentos
de carro, cinzeiros, vasos de argila, no chamado “artesanato de lembranças”. O
acesso do público é diferente: não mais a contemplação restrita em museus,
praças ou coleções particulares das originais carrancas das barcas. Para
consumo das massas, praticamente em qualquer rodoviária ou feiras de
artesanato, pode-se adquirir carrancas ou um adereço que as têm como motivo,
com o modelo “vampiro” dominante.
Qual seria, portanto, o sentido de
pertencimento que respalda a carranca, utilizada como símbolo da região? A
história em seus meandros, como memória de um passado idealizado em mais
representações de sentido, é uma justificativa para dar esse respaldo. Funda-se
uma tradição que implica uma teia de interesses coletivos e significados
individuais, a partir de um conceito básico, generalizado.
Vejam-se alguns exemplos dessa
apropriação nas fotos. Evidentemente que uma leitura sígnica detalhada de cada
uma em particular mostraria o complexo em que se insere o consumo atual desta
referência. As subjetividades do design,
da mensagem sub-reptícia, dos meandros ideológicos de seu uso em diferentes
processos comunicativos mostram a dinâmica dessa escolha.
Registros de usos da carranca como símbolo da região, de
eventos e campanhas publicitárias.
“Orelhão” de telefone público ainda
disponível em alguns lugares da cidade, como no aeroporto de Petrolina.
Portanto, temos um novo
direcionamento para o signo carranca, funcionando também como alegoria, como
ilustração visual. Claro que, por trás, está a simbolização de um lugar, mas o
que interessa agora é, sobretudo, a referência icônica. A representação da
carranca, vista como um estereótipo, foi assimilada pelo senso comum.
Aspectos da
Folkcomunicação, aqui referida no início deste trabalho, ficam evidenciados ao
se mostrar a mediação do uso de um ícone da tradição popular não somente como
objeto de relações públicas, mas também como ele é veiculado pelos meios de
comunicação de massa, que fazem uso dessa imagem. Interessante observar que há
uma tentativa de substituir este símbolo por outros aspectos do agronegócio da
fruticultura da região, produtos considerados exóticos como os vinhedos e a
produção de vinhos. Mas a carranca resiste e, neste ano de 2016, a novela
“Velho Chico”, da rede Globo, reforça o arquétipo.
Vale registrar que a produção da
novela encomendou carrancas aos artesãos da Oficina do Artesão de Petrolina e
escolheu duas para compor o cenário. As carrancas escolhidas seguiam o modelo
tido como original, de Guarany.
Ator da novela “Velho Chico” da rede Globo, como um artesão
de carrancas. (“print” da novela)
José Nildo Silva
finalizando a carranca (foto de Lizandra Martins)
José Nildo Silva, artesão de
carrancas, fez também recentemente uma série de carrancas “segundo o modelo
Guarany”, a pedido de um “colecionador” do Rio de Janeiro. Encomendas desse
tipo acontecem vez em quando. Uso próprio ou para o mercado de arte? Autoria
reconhecida ou carrancas comercializadas como fraude? Suposições que considero
pertinentes pois os artesãos sempre foram explorados por atravessadores neste
comércio,
Para um conhecedor, mesmo uma réplica
atual, sem dúvidas, agrega mais valor do que a carranca vampiro, hoje tão
banalizada. O interessante é pensar nesta ressignificação da réplica, com algum
alcance de originalidade. Afinal, feita por um artesão popular, de madeira, nas
margens do rio São Francisco, obtém-se um rescaldo, ainda que ilusório, de justificativa
da representação encomendada e comprada.
Há de se compreender a dinâmica desta
perda e consequentes mudanças sob outras perspectivas, em que se amalgamam
conotações e intenções, dentro do funcionamento social. “No sincretismo
exprime-se o fim da lamentação pela perda da origem, da identidade fixa, da
memória restauradora”, assinala Canevacci (1996, p. 10).
Parece-nos
conveniente, nesta abordagem, tocar também na questão do “kitsch” e o artesanato popular. Ao se classificar como “kitsch” a maioria dos objetos
produzidos pelo artesanato popular e destinada ao comércio de grande escala,
levanta-se uma polêmica: os limites entre arte e artesanato são às vezes tênues
e discutíveis, tanto que muitas lojas se colocam como “morada da arte” ou
similar. O processo de apropriação do estatuto e referencial do artístico é,
nestes casos, mais uma estratégia de marketing para o comerciante ou
“ingenuidade”, relativa no caso de alguns artistas, embora muitos deles sejam
bem críticos e pouco condescendentes sobre algumas peças ou o trabalho de
colegas. Para a maioria dos artesãos, o que conta mesmo é o valor do retorno ou
a sobrevivência através deste trabalho.
Mas, para o público consumidor, o
estereótipo funciona bem. Quanto mais horrenda é a carranca em sua expressão,
mais ela é considerada, porque, simbolicamente, seria mais “poderosa”.
Inclusive, tivemos oportunidade de ouvir, várias vezes, consumidores em lojas
de artesanato, escolhendo carrancas e achando-as lindas, comparando umas com as
outras. Afinal, a própria arte há muito perdeu a sua aura única nestes tempos
de reprodutibilidade e de acesso massificado.
Na correlação entre produção e
consumo, o kitsch pode representar
uma função mediadora, como fator de ampliação do auditório e vontade de um
repertório mais amplo. Insistimos, saber colocar-se dentro deste olhar é tentar
compreender também a dinâmica social e o ponto de vista do outro, no caso de
uma classe social geralmente de baixo poder aquisitivo e pouco acesso a bens da
cultura erudita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já se percebe, portanto, que as
carrancas do São Francisco, contemporaneamente, têm outra função, a sociedade
não é mais a mesma, as relações de produção e consumo são determinadas agora
por fatores relevantes como a publicidade e o turismo emergente. As massas
consumistas de hoje apreciam o objeto também pela referência de um status que lhe é conferido. Há o
consumidor elitista, que encomenda para um artesão de maior qualidade uma
réplica das carrancas originais, até o receptor comum que procura uma
“lembrancinha” de sua viagem e que não lhe pese muito, nem no bolso nem na
bolsa...
A qualidade
parece lhe importar muito pouco. O referencial é outro e a aquisição deste “bem
turístico”, exótico ou curioso, lhe faz bem.
O significado da aquisição deste objeto de consumo tem diversas
conotações, bem mais complexas. Ele não
se restringe a esta motivação desencadeadora, mas também a outros componentes
que lhe são passados e interiorizados.
Já se
observou que este consumo se dá na exploração capitalista dos desejos, da
fantasia. Qualquer possível sentimento de culpa por esse consumismo desenfreado
pode ser anulado pelo outro lado, por uma justificativa de um significado
simbólico, neste caso das carrancas, do poder do amuleto, de que elas possuem
também poderes mágicos, espantando maus-olhados e, portanto, atraindo boa
sorte, o que quer dizer geralmente dinheiro, abundância. E mais consumo. Esta
aparente ambivalência faz parte de um jogo de sincretismo cultural, em que o
lúdico está representado até no próprio ato de consumir e expor um objeto
adquirido em condições especiais, cuja utilidade está camuflada nos vários
significados sociais.
Convivendo com processos de
“culturalização” como esse, de produção acelerada de signos, de materiais
semióticos a nos envolverem, somos obrigados a refletir no que isso significa
em termos de identidade, de valor espiritual e ético. Hoje, não se tem mais
qualquer possibilidade de um conceito romântico ou simplista de cultura. Como
nos adverte Muniz Sodré: “Aí se revela o significado da disjunção radical entre
produção e consumo: o consumidor perde definitivamente o acesso à originalidade
da produção, o sujeito interessa num universo indiferenciado, compensado por
simulações de diferenciação. ” (SODRÉ, 1983,
p.87).
Para o pesquisador,
não dá mais para ser só descritivista, é preciso penetrar no conjunto
polifônico das manifestações culturais e do funcionamento social, alargando
horizontes interdisciplinares. Neste caso, lembrar dos interstícios da arte, do
popular e do erudito, do seu consumo massivo, na conjunção contemporânea de uma
realidade onde tudo é provisório.
Bibliografia consultada
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VALLADARES, Clarival do Prado e
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São Paulo: Perspectiva, 1979.
(Petrolina, 21 de setembro de
2016)
[1]
Este artigo baseia-se essencialmente no livro homônimo de Elisabet Gonçalves
Moreira Carrancas do Sertão Signos de
ontem e de hoje, de 2006, e em textos e observações posteriores, produtos de
uma pesquisa que se desenrola há quatro décadas nas margens do rio São
Francisco, em Petrolina, onde mora a autora.
[2] Do
grego Apotropaios (que afugenta os
males) (Dicionário Caldas Aulete)
Autora: Elisabet Gonçalves Moreira
Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo, professora aposentada da UPE – Universidade de Pernambuco e do Instituto Federal Sertão de Petrolina. Faz pesquisas em literatura e cultura popular.