Bet com t mudo

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BET COM T MUDO... Quem me conhece, reconhece? Já me imagino receptora deste blog. Quem é esta mulher? Quem é esta Eli, Elisa, Betina, Betuska, Betî, resumida numa Bet com t mudo? Esta afirmação diminuta diz (ou desdiz?) uma identidade... Assim, quem sou eu? Sou (sim) uma idealizadora das pessoas, das relações, das amizades, das produções minhas e dos outros. Consequência: um sofrimento que perdura... na mulher crítica que procura saber e tomar consciência finalmente de quem é e do que ainda pode fazer (renascer?!) nesta fase da vida, um envelhecimento em caráter de antecipação do inevitável. Daí a justificativa do blog. Percorrer olhares, visualizar controvérsias, pôr e contrapor, depositar num receptor imaginário (despojá-lo do ideal, já que eu o sou!) uma escrita em que o discurso poderá trazer uma Bet com t falante... LEITURAS, ESCRITAS, SIGNATURAS...

domingo, 11 de novembro de 2018

Textos em desafio (I)

Labirinto




Olho para mim mesma...
Me enrolo,
me enrosco...

Sigo nos descaminhos
                                      Outros traços,
         Outras cores
               Me embaraço
                                 De novo

                E SEMPRE!


CONTO UMA HISTÓRIA E RECONTO A MIM MESMA...

Havia uma menina. Um lindo vestido branco. Como uma noiva. Dia de primeira comunhão. A menina não se viu.

Viu as outras e sentiu inveja. Sempre havia um vestido mais bonito que o dela.

Caminhou para o sacrifício. Pecado contrito, uma ova.

Então, o que fez? Mastigou a hóstia e assim carregou a culpa.

Até hoje se despe – e cospe – para dentro.


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Textos em desafio foram produzidos na Oficina de Escrita de História Fantásticas com Danielle Andarde (BA), no Projeto Entre Margens, SESC Petrolina, 5 a 9 de novembro de 2018.
(I) Proposta: Após uma “meditação” coletiva, em que a orientadora narrava uma história sugerindo uma aventura fantástica em várias fases (tipo Alice no país das maravilhas) para que cada um, de olhos fechados, se imaginasse em cada situação. Havia um momento da história, quase no final, em que alguém entregava um papel com uma palavra não dita. Depois, cada participante contou a sua história, o que sentiu e disse a palavra que recebera.  Catarse... A proposta da escrita era, depois desta experiência, com essa palavra, escrever um texto. Poderia estar explícita ou não.  Eu desenhei um olho, algumas linhas, usei algumas cores nas palavras. Não escrevi a palavra minha, queria apenas sugerir. Disseram que consegui.


4 comentários:

  1. Acredito que pode comentar sem problemas...

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  2. Muito bom texto. Despir e cuspir se ensejam e ensejam.....O olho despe por dentro...(eu, hein? rsrs). O olho confirma o texto ou o texto descreve o olho....? De qualquer forma, não se necessitam... têm voz própria. Bacio.

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  3. Muito bom texto. Despir e cuspir se ensejam e ensejam.....O olho despe por dentro...(eu, hein? rsrs). O olho confirma o texto ou o texto descreve o olho....? De qualquer forma, não se necessitam... têm voz própria. Bacio.

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