Bet com t mudo

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BET COM T MUDO... Quem me conhece, reconhece? Já me imagino receptora deste blog. Quem é esta mulher? Quem é esta Eli, Elisa, Betina, Betuska, Betî, resumida numa Bet com t mudo? Esta afirmação diminuta diz (ou desdiz?) uma identidade... Assim, quem sou eu? Sou (sim) uma idealizadora das pessoas, das relações, das amizades, das produções minhas e dos outros. Consequência: um sofrimento que perdura... na mulher crítica que procura saber e tomar consciência finalmente de quem é e do que ainda pode fazer (renascer?!) nesta fase da vida, um envelhecimento em caráter de antecipação do inevitável. Daí a justificativa do blog. Percorrer olhares, visualizar controvérsias, pôr e contrapor, depositar num receptor imaginário (despojá-lo do ideal, já que eu o sou!) uma escrita em que o discurso poderá trazer uma Bet com t falante... LEITURAS, ESCRITAS, SIGNATURAS...

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Vazante de Lys Valentim






O que procuramos na vazante?

O que achamos?

Lys Valentim está à procura... Indagações de jovem mulher, artista destas margens, entre vivências que fertilizam expressões de arte.


Literalmente pinta e borda, nomeia, instala, grafita, filtra obras em telas, tecidos crus e paredes.  Mescla linguagens em cores e pontos, materiais diversos para sua criatividade. Mas tem um foco: sua essência de mulher. Onde se revela, desvela...

Figuras femininas são a invariante em significados de leituras. 
Ela mesma nos dá a dica no título que escolheu para sua primeira exposição individual - Vazante - e nos nomes de suas obras, uma procura da poesia. Assim, o que vaza, também enche... o refluxo da vida remete a memórias, a signos diversos, símbolos de uma feminilidade que a desafia, que nos desafia.


É possível "Tarrafar na chuva"? (acrílica sobre tela)

Metáforas e sugestões de vazar dores, lágrimas, filhos, sangue, para renascer uma mulher que sabe apanhar, além das águas, o mundo que dialoga em pequenos índices reveladores. Um joão-de-barro, um barquinho de papel (ou muitos), respingos de água, pássaros, conchas, cabelos entrelaçados, coração exposto...


Lys – que também está no meu nome – mulher valente que nos irmana, a vida não nos dá respostas prontas, então, sempre à procura estamos. Melhor o caminho, o processo dessa busca, onde nos fortalecemos. Obrigada por este encontro.


"Maria casca dura coração de rapadura"  Acrílica sobre tela


"Filtrar" Instalação



"Sua dor vai virar mar" Bordado e aquarela sobre tecido

(Observação: nem todos os trabalhos da exposição são aqui mostrados)

Petrolina e Juazeiro, novembro de 2018


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